Mulher e o Poder da Criação

Enviado em 27/08/2011 (3696 leituras)

"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas. " Clarissa Pinkola Estés - Mulheres que correm com os lobos.

Expressando os Sentimentos

Mulher intuitiva por natureza, muitas estão se Reconectando e resgatando a verdadeira essência do que é ser mulher. Honrar às fases que pertencemos e que nos tornam naturais, especiais, meninas, moças, mães e na mais repleta fase, aquela que nos aconselha e que nos acolhe... A anciã.

Mas o que é ser mulher nos tempos atuais? É continuar lutando ao conquistar um espaço, além de ser reconhecida, respeitada e admirada como mulher sagrada, intuitiva e que dá a vida através do seu ventre.

Em determinadas épocas e religiões, as mulheres foram taxadas como símbolo do pecado e tentação, precisando provar a constantemente sua capacidade. Aquela que precisava reprimir os sentimentos e esconder a sua feminilidade, porque assim lhes foram impostas. Mais o que aconteceu? O que mudou?

Aconteceu que em determinado tempo, a sociedade nos colocou em segundo plano, onde a nossa imagem era apenas “cópia” e o poder da criação um ser masculino e onipotente. Desde então, começaram a surgir os primeiros efeitos dessa triste realidade.

Algumas mulheres esqueceram-se de usar o que lhe foi concedido naturalmente, se esquecendo da própria essência e se permitindo passar por algumas situações constrangedoras, desrespeitando a si própria.


No mito cristão, Eva foi expulsa do paraíso porque comeu uma maçã e assim nos fizeram acreditar no "pecado" induzido por uma serpente do "mal".

Mulher = pecado (Natureza)
Maçã = proibido (Avalon, Outro Mundo)
Serpente = traição (Sabedoria)

Símbolos deturpados de uma sabedoria antiga!

O Poder

Somos o poder da criação e da gestação, que nos foi concedido. O poder de procriar, de dar à luz para uma nova vida e com o mesmo, a vida continuar.

Em vivência somos o que se chama de poder? Sim, mais em tempos como o nosso ainda precisamos conquistar, resgatar e nos curar.

Somos a vida e tudo o que ela representa, e se um dia deixarmos de existir, simplesmente, não existirá mais a vida.

O poder da vida é simples, é feminino, o masculino é essencial e ao mesmo tempo difícil de ser compreendido por àqueles que o ocultam.

A Criação

Um ato e ao mesmo tempo uma realidade, conquistas baseadas no amor, leveza e inspiração que vem do fundo da nossa alma, manifestado em terras visíveis e férteis. Porque sempre existiu esse princípio ao qual deve ser sempre respeitado.

Somos parte da criação, em nossas veias correm o amor em essência. Criar é um ato verdadeiro e nobre. Então, se assim é permitido é o nosso dever viver sempre na verdade. Aquela verdade que nos faz sentir a liberdade, o amor, a paz e a intuição. Sabendo que a sua verdade é apenas sua, porém tem um significado enorme na vida de cada um, nos tornando melhores e cada vez mais capazes de respeitar o mundo, principalmente, as pessoas que estão a nossa volta.

Dançar e Despertar

Somos mulheres aquelas que serão lembradas em todos os tempos, culturas e décadas... Através dos nossos ancestrais.

O poder da criação, o respirar, a continuidade de mais uma vida!

O poder é ímpar e sem competição.

A certeza que reflete os nossos sentimentos verdadeiros.

A guerreira em batalha! Às vezes, derrotas por dentro, compreendendo a essência e os valores adormecidos... Mulheres e os ciclos naturais. O resgate dos conhecimentos antigos.

A arte que nos inspira, uma mulher em busca da sua liberdade e o encontro com o “EU”. Buscamos em nós as mais ocultas sensações e lembranças. Mulheres dançantes... Nossos pés saem do chão, movimentos que se fundem à natureza e nos envolve com os seus encantos.

A dança permite a entrega dos sonhos, desejos mais profundos. A música e a dança ancestral que nos levam ao transe natural. Dançamos as nossas fases e os nossos ciclos um a um.


Ancestralidade feminina manifestações dos sopros lunares. Ao dançar enxergo o meu próprio corpo como o sagrado, um momento de totalidade... Dançamos a criação, as Deusas e suas formas.

A dança cura a alma e nos nutre...

A dança nos transforma...

A dança nos fertiliza por dentro.

Bênçãos Plenas!

Por Lunna Alëssah
Poetisa, Vocalista, Sacerdotisa da Terra e Dançarina do Ventre.

Citação:
"A Mulher é o Poder da Criação."
Alëssah, Sacerdotisa da Terra
www.alessahceltic.blogspot.com

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