Celebrações: Luas do Ano

Como referência às Celebrações Lunares, podemos associá-las de forma animista a um animal totêmico, uma deidade ou ao clima local, baseando-se no Calendário Coligny através da data original ao Hemisfério Norte, podendo ser adaptado também ao Hemisfério Sul, a partir do Festival de Samhain, início de um novo ciclo.

Contamos 28 dias por lunação, período médio em que a Lua dá a volta ao redor da Terra e em torno do seu próprio eixo, pode-se dizer que existem de doze a treze luas cheias em um ano. As meditações, visualizações e práticas devocionais feitas durante a Lua Nova e a Cheia nos auxiliam para aumentar a consciência e aguçar a percepção e, assim reequilibrarmos a nossa energia. A seguir, SUGESTÕES devocionais de correspondências lunares:

- A Lua do Javali: Outubro no Calendário de Coligny é "Samonios", o tempo da queda das sementes. O javali simboliza o mundo subterrâneo e a renovação das sementes, o ciclo cósmico de vida, morte e renascimento, através da Caçada Mágica ao Outro Mundo céltico, tanto em Samhain como Beltane. Lua do final da colheita. Corresponde ao mês de Abril no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua de Morrígu: Novembro no Calendário de Coligny é "Dumannios", o tempo da noite escura. É quando começamos adentrar os mistérios das noites frias do inverno, a Noite Sagrada dos Ancestrais, período em que a terra inicia seu tempo de descanso, reunindo forças vitais para despertar novamente na primavera. Corresponde ao mês de Maio no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua do Gamo: Dezembro no Calendário de Coligny é "Rivros", o tempo do frio. O gamo, que caminha entre os mundos, representa Cernunnos. É associado ao aspecto do Senhor do Carvalho, da transformação ao renascimento. Simbolicamente, morremos em Samhain para renascermos no Solstício de Inverno. Corresponde ao mês de Junho no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua das Águas: Janeiro no Calendário de Coligny é "Anagantios", o tempo de ficar em casa. Com a manifestação do inverno e do movimento das águas geladas, essa é a Lua da pausa, que favorece a interiorização e a reflexão. Corresponde ao mês de Julho no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua de Brighid: Fevereiro no Calendário de Coligny é "Ogronios", o tempo do frio acabar. É a Lua da transição e dos seus mistérios, onde o poder do Sol começa aquecer toda a terra. É o tempo de despertar as sementes da promessa, a esperança que se renova com a chegada da primavera, em Imbolc. Corresponde ao mês de Agosto no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua dos Ventos: Março no Calendário de Coligny é "Cutios", o tempo dos ventos. Os ventos é que promovem o movimento deste despertar no Equinócio de Primavera, o fluxo sagrado da consciência. Para os celtas, o vento era uma grande força da natureza, e que remete aos elementos invisíveis dos reinos do céu. Corresponde ao mês de Setembro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua do Falcão: Abril no Calendário de Coligny é "Giamonios", o tempo dos brotos. As sementes começam a germinar ao mesmo tempo em que toda a vida desperta para uma nova etapa solar. Conscientes da grande responsabilidade que temos diante dos nossos pensamentos, atos e palavras, que criam a realidade que nos cerca, como o falcão, mantenha sempre o foco naquilo que se quer. Corresponde ao mês de Outubro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua Brilhante: Maio no Calendário de Coligny é "Simivisonnos", o tempo do brilho. Mês dedicado ao despertar da consciência, da purificação e da criatividade, através das energias de Beltane. Tudo conspira para que possamos refletir sobre o nosso potencial, curar o passado e viver plenamente o presente. Corresponde ao mês de Novembro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua do Cavalo: Junho em gaélico é "Meitheamh" e no Calendário de Coligny é "Equos", o tempo dos cavalos. Celebramos neste mês, o movimento de expansão da natureza em sintonia ao Solstício de Verão e seus longos dias. Essa é a Lua da soberania, do amor e da prosperidade, estampados na fertilidade dos campos verdejantes. Corresponde ao mês de Dezembro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua da Lança: Julho no Calendário de Coligny é "Elembiuios", o tempo da reivindicação. Representa o tempo em que os antigos preparavam os campos para o ciclo das colheitas. Neste período somos exaltados por uma criatividade vívida, inspirando-nos a desenvolver nossos dons e habilidades, junto à lança da vitória de Lugh que reivindica o seu poder. Corresponde ao mês de Janeiro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua do Salmão: Agosto no Calendário de Coligny é "Edrinios", o tempo da decisão. Simboliza os campos da Mãe Terra, a colheita dos nossos frutos. Esperar sabiamente pela chegada da colheita é aceitar o movimento da Roda, que requer certo sacrifício da nossa parte, tal como Tailtiu, a mãe adotiva de Lugh. Corresponde ao mês de Fevereiro no Hemisfério Sul. Leia mais +

- A Lua dos Bardos: Setembro no Calendário de Coligny é "Cantlos", o tempo dos cantos. Os dias e as noites se tornam iguais e os mistérios da vida e da morte se manifestam. Nesse mistério, estamos todos interligados no mesmo propósito, a tribo se reúne e os bardos cantam suas memórias através dos mitos e das lendas, conservando assim sua tradição. Durante as festividades do Equinócio do Outono, nos sentimos em harmonia e equilíbrio. Corresponde ao mês de Março no Hemisfério Sul. Leia mais +

Para os celtas o dia começava com a noite e terminava com o nascer do Sol, quando ele derrotava a escuridão e encerrava o dia com a Lua reinando no céu. Ao observar as Luas do Ano podemos meditar sobre suas fases, relacionando-as com a nossa vida, além dos ciclos da terra e dos grandes festivais celtas. 

Que assim seja!
Rowena A. Senėwėen ®

Referências bibliográfica:
Rituales Celtas - Alexei Kondratiev
Xamanismo Celta - John Matthews

Referência de site:
The Coligny Calendar - Roman Britain

Mistérios da Alma

Jamais ouse calar
O que está no sentir
Fluir com a energia
Daqueles que um dia
Sorveram do poço escuro
E venceram o obscuro
Mistérios da alma...
Ensimesmar-se com calma
De quem nada quer
Apenas aprender e crescer
Longe do limiar do mimo
Como um velho muro de arrimo
Que cede vencido pelo ego
Um caminhante cego
Despertando para o caminho

Rowena A. Senėwėen ®

Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.


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