Símbolos Celtas - 2ª parte
Publicado por Rowena em 12/2/2009 (50191 leituras)
Caminhando pelo mundo mágico dos sÃmbolos e seus significados, podemos dizer, que de um modo geral, os sÃmbolos celtas estão associados à s espirais da vida e ao número três, supostamente, tido como sagrado na cultura celta.
"Para os celtas, o número três era o número mágico por excelência, o que expressava sua visão do mundo. Podemos encontrá-lo repetido à exaustão, em seus mitos. Era representado graficamente como um triskele, sÃmbolo solar de três braços derivado da roda." Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May.
Desde as formas mais simples à s mais compostas, podemos encontrar um padrão exato de movimentos centrÃfugos e centrÃpetos, representando movimentos internos e externos ligados aos ciclos naturais do homem e aos fenômenos da natureza.
As espirais celtas encontradas em antigos sÃtios arqueológicos, conforme estudos e pesquisas, poderiam ser interpretações e representações exatas de configurações planetárias visÃveis de estrelas brilhantes, de eclipses solares e lunares.
Os povos antigos viam o tempo como uma roda, um cÃrculo sem começo e nem fim. A triquetra, sÃmbolo indo-europeu mais ligado a cultura germânica e a arte insular, também pode simbolizar o entrelaçamento tripartido do mundo.

A roda é um sÃmbolo solar, que representava o dia e a noite, a união de duas grandes forças naturais, que dividem o ano em uma parte clara e a outra escura. Provavelmente, a cruz irlandesa veio a partir dessa concepção.
Em Beltane, a roda entrava na época clara do ano (verão), marcando um perÃodo de crescimento e ação exterior. Já em Samhain a roda cruzava a metade escura (inverno), marcando um perÃodo de busca interior e recolhimento.
Podemos dividir a roda em quatro partes centrais representando os quatros grandes festivais celtas, que são: Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnasadh. Os solstÃcios e os equinócios, numa visão moderna, seriam divididos nas outras quatro partes transversais.
"Os celtas usaram a representação da roda com um sÃmbolo ou um amuleto, enquanto que nos festivais, em pleno verão ardente, a roda, rolando em um declive, simbolizava o sol." - A Religião dos Antigos Celtas - J.A. Macculloch.
Os sÃmbolos pré-celtas, geralmente, são formados por espirais simples, duplas e triplas. Belos exemplos dessa iconografia esculpidas em sÃtios megalÃticos estão presentes em Newgrange (Brú na Bóinne), na Irlanda.

Espirais Simples: As espirais em sentido horário representam o sol de verão (a expansão) e no sentido anti-horário o sol de inverno (a proteção); os solstÃcios.

Espirais Duplas: As espirais duplas representam, o equilÃbrio, através dos equinócios da primavera e do outono.

Espirais Triplas: As espirais triplas representam a união dos Três Reinos Celtas, descritos no artigo anterior, em: SÃmbolos Celtas - 1ª parte.

"Para os celtas, a vida significava movimento e dinamismo e por isso não havia alternativa possÃvel: descartada a opção de ficar quieto, sob pena de ser destruÃdo pela incessante ondulação da existência, a única coisa que restava a fazer, era seguir andando com ela." Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May.
Portanto, na visão contemporânea, os sÃmbolos celtas são inspirações sagradas que ampliam a consciência, despertando sutilmente nosso interesse ancestral por essa misteriosa cultura. Além disso, nos possibilitam acessar um mundo repleto de novas experiências, através dessa antiga energia, onde entraremos em contato com um espaço sagrado, repleto de mistérios prontos para serem desvendados.
É a ação dos ciclos dentro de outros ciclos. O eterno movimento da vida!
Referências bibliográficas:
BELLINGHAM, David. Introdução à Mitologia Céltica. Lisboa: Ed. Estampa, 1999.
GREEN, Miranda Jane Aldhouse. Celtic Myths. London: University of Texas Press, 1995.
___________. Exploring the World of the Druids. London: Thames and Hudson, 1997.
MARKALE, Jean. A Grande Epopéia dos Celtas. SP: Ed. Ésquilo, 1994.
MACCULLOCH, John Arnott. The Religion of the Ancient Celts. Edinburgh: T. & T. CLARK, 1911.
MAY, Pedro Pablo. Os Mitos Celtas. São Paulo: Ed. Angra, 2002.
PLACE, Robin. Os Celtas. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1989.
Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
Website:
www.templodeavalon.com
Brumas do Tempo:
www.brumasdotempo.blogspot.com
Três Reinos Celtas:
www.tresreinosceltas.blogspot.com
"Para os celtas, o número três era o número mágico por excelência, o que expressava sua visão do mundo. Podemos encontrá-lo repetido à exaustão, em seus mitos. Era representado graficamente como um triskele, sÃmbolo solar de três braços derivado da roda." Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May.
Desde as formas mais simples à s mais compostas, podemos encontrar um padrão exato de movimentos centrÃfugos e centrÃpetos, representando movimentos internos e externos ligados aos ciclos naturais do homem e aos fenômenos da natureza.
As espirais celtas encontradas em antigos sÃtios arqueológicos, conforme estudos e pesquisas, poderiam ser interpretações e representações exatas de configurações planetárias visÃveis de estrelas brilhantes, de eclipses solares e lunares.
Os povos antigos viam o tempo como uma roda, um cÃrculo sem começo e nem fim. A triquetra, sÃmbolo indo-europeu mais ligado a cultura germânica e a arte insular, também pode simbolizar o entrelaçamento tripartido do mundo.

A roda é um sÃmbolo solar, que representava o dia e a noite, a união de duas grandes forças naturais, que dividem o ano em uma parte clara e a outra escura. Provavelmente, a cruz irlandesa veio a partir dessa concepção.
Em Beltane, a roda entrava na época clara do ano (verão), marcando um perÃodo de crescimento e ação exterior. Já em Samhain a roda cruzava a metade escura (inverno), marcando um perÃodo de busca interior e recolhimento.
Podemos dividir a roda em quatro partes centrais representando os quatros grandes festivais celtas, que são: Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnasadh. Os solstÃcios e os equinócios, numa visão moderna, seriam divididos nas outras quatro partes transversais.
"Os celtas usaram a representação da roda com um sÃmbolo ou um amuleto, enquanto que nos festivais, em pleno verão ardente, a roda, rolando em um declive, simbolizava o sol." - A Religião dos Antigos Celtas - J.A. Macculloch.
Os sÃmbolos pré-celtas, geralmente, são formados por espirais simples, duplas e triplas. Belos exemplos dessa iconografia esculpidas em sÃtios megalÃticos estão presentes em Newgrange (Brú na Bóinne), na Irlanda.

Espirais Simples: As espirais em sentido horário representam o sol de verão (a expansão) e no sentido anti-horário o sol de inverno (a proteção); os solstÃcios.

Espirais Duplas: As espirais duplas representam, o equilÃbrio, através dos equinócios da primavera e do outono.

Espirais Triplas: As espirais triplas representam a união dos Três Reinos Celtas, descritos no artigo anterior, em: SÃmbolos Celtas - 1ª parte.

"Para os celtas, a vida significava movimento e dinamismo e por isso não havia alternativa possÃvel: descartada a opção de ficar quieto, sob pena de ser destruÃdo pela incessante ondulação da existência, a única coisa que restava a fazer, era seguir andando com ela." Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May.
Portanto, na visão contemporânea, os sÃmbolos celtas são inspirações sagradas que ampliam a consciência, despertando sutilmente nosso interesse ancestral por essa misteriosa cultura. Além disso, nos possibilitam acessar um mundo repleto de novas experiências, através dessa antiga energia, onde entraremos em contato com um espaço sagrado, repleto de mistérios prontos para serem desvendados.
É a ação dos ciclos dentro de outros ciclos. O eterno movimento da vida!
Referências bibliográficas:
BELLINGHAM, David. Introdução à Mitologia Céltica. Lisboa: Ed. Estampa, 1999.
GREEN, Miranda Jane Aldhouse. Celtic Myths. London: University of Texas Press, 1995.
___________. Exploring the World of the Druids. London: Thames and Hudson, 1997.
MARKALE, Jean. A Grande Epopéia dos Celtas. SP: Ed. Ésquilo, 1994.
MACCULLOCH, John Arnott. The Religion of the Ancient Celts. Edinburgh: T. & T. CLARK, 1911.
MAY, Pedro Pablo. Os Mitos Celtas. São Paulo: Ed. Angra, 2002.
PLACE, Robin. Os Celtas. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1989.
Rowena A. Senėwėen ®
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