19° Dia: Magia
Publicado por Rowena em 13/3/2012 (10209 leituras)
Magia versada, encantamento, fascinação ou simplesmente, magia natural. "Os bardos e druidas cantavam os contos acompanhados de instrumentos semelhantes a uma lira, seus poderes mágicos tinham efeitos sobre amigos e inimigos." Porque encantar também faz parte da natureza!
Tal como a magia nórdica cantada, o "galdar" (encantamento), onde buscamos desvendar os mistérios do fogo (que nunca deixarão de ser um mistério), a visão muito além da percepção comum. Talvez, nos augúrios do canto de um pássaro, a direção do vento ao anunciar a chuva ou no simples movimento das nuvens no céu. E quem saberá ao certo o que está oculto pelas brumas do tempo?
Muitos ensinamentos estão contidos num sopro de inspiração que nos revelam caminhos nunca imaginados, conectando-nos sutilmente ao chamado da alma e do coração, sejam eles transmitidos através da Awen, Imbas ou da busca do Graal, como descrita nos mitos arthurianos.
Os manuscritos relatam que os druidas eram considerados os mestres da magia, faziam encantamentos quando necessário e provocavam um sono mágico nos inimigos, possivelmente hipnótico. Outra habilidade era produzir névoas misteriosas para mudar de aparência ou se esconder, arte conhecida como "féth fiada". As suas aptidões estão presentes por todos os mitos celtas, comprovando o quanto a magia fazia parte do seu mundo.
O universo irlandês, por não ter sido dominado pelos romanos, foi o que melhor conservou as lendas celtas, o folclore e a magia feérica. Diz a lenda que as Tuatha Dé Danann chegaram à Irlanda no inÃcio do mês de Maio, na época de Beltane, vindos numa nuvem mágica. Contam que vieram "das ilhas do norte do mundo", provenientes de quatro cidades mÃticas: Falias, Gorias, Findias e Murias, de onde trouxeram quatro dons, algo como talismãs, que eram: a pedra do destino "Lia Fáil"; a lança invencÃvel "Gáe Assail"; a espada mágica de Nuada e o caldeirão mágico de Dagda.
A Irlanda é famosa por sua magia, folclore e superstições. Fadas, banshees, druidas, poços sagrados bênçãos e maldições. Essas magias são conhecidas como "piseógs" (pish-ogues), que pode significar um encanto, feitiço ou simplesmente superstição.
Enfim, poderÃamos citar inúmeros exemplos sobre a magia presente nos mitos celtas, mas a maior delas, com certeza, está lá fora entre as árvores dos bosques, nas colinas do sÃde, nas montanhas, nos rios, nas cachoeiras ou nas ondas do mar. Lembrando que quem está lidando com a energia do fogo, também pode se queimar. O limiar do bom senso está inserido no seu código de honra pessoal.
Ao vivenciarmos a magia ou a druidaria e suas formas de conexão com a natureza, seja através dos festivais ou das luas do ano, estaremos assim reequilibrando, novamente, a nossa energia. Em muitas tradições druÃdicas modernas as Celebrações de Lua Cheia ou Lua Nova são comemoradas conforme o Calendário Coligny, um calendário lunisolar que demarca a parte clara e escura do ano.
Podemos dizer que a magia seria a primeira religião empÃrica do homem e que ao ser utilizada sabiamente, as forças da natureza causariam mudanças benéficas ao seu entorno. Essas forças são personificações dos Deuses que, ao sintonizar-se a Eles, se torna a base que permeia o caminho entre luz e sombras, a nossa jornada druÃdica entre o bardo, vate e druida.
Que a inspiração nos guie, sempre... Awen!

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
(Texto atualizado em 11/10/2022)
Todos os direitos reservados.
Tal como a magia nórdica cantada, o "galdar" (encantamento), onde buscamos desvendar os mistérios do fogo (que nunca deixarão de ser um mistério), a visão muito além da percepção comum. Talvez, nos augúrios do canto de um pássaro, a direção do vento ao anunciar a chuva ou no simples movimento das nuvens no céu. E quem saberá ao certo o que está oculto pelas brumas do tempo?
Muitos ensinamentos estão contidos num sopro de inspiração que nos revelam caminhos nunca imaginados, conectando-nos sutilmente ao chamado da alma e do coração, sejam eles transmitidos através da Awen, Imbas ou da busca do Graal, como descrita nos mitos arthurianos.
Os manuscritos relatam que os druidas eram considerados os mestres da magia, faziam encantamentos quando necessário e provocavam um sono mágico nos inimigos, possivelmente hipnótico. Outra habilidade era produzir névoas misteriosas para mudar de aparência ou se esconder, arte conhecida como "féth fiada". As suas aptidões estão presentes por todos os mitos celtas, comprovando o quanto a magia fazia parte do seu mundo.
O universo irlandês, por não ter sido dominado pelos romanos, foi o que melhor conservou as lendas celtas, o folclore e a magia feérica. Diz a lenda que as Tuatha Dé Danann chegaram à Irlanda no inÃcio do mês de Maio, na época de Beltane, vindos numa nuvem mágica. Contam que vieram "das ilhas do norte do mundo", provenientes de quatro cidades mÃticas: Falias, Gorias, Findias e Murias, de onde trouxeram quatro dons, algo como talismãs, que eram: a pedra do destino "Lia Fáil"; a lança invencÃvel "Gáe Assail"; a espada mágica de Nuada e o caldeirão mágico de Dagda.
A Irlanda é famosa por sua magia, folclore e superstições. Fadas, banshees, druidas, poços sagrados bênçãos e maldições. Essas magias são conhecidas como "piseógs" (pish-ogues), que pode significar um encanto, feitiço ou simplesmente superstição.
Enfim, poderÃamos citar inúmeros exemplos sobre a magia presente nos mitos celtas, mas a maior delas, com certeza, está lá fora entre as árvores dos bosques, nas colinas do sÃde, nas montanhas, nos rios, nas cachoeiras ou nas ondas do mar. Lembrando que quem está lidando com a energia do fogo, também pode se queimar. O limiar do bom senso está inserido no seu código de honra pessoal.
Ao vivenciarmos a magia ou a druidaria e suas formas de conexão com a natureza, seja através dos festivais ou das luas do ano, estaremos assim reequilibrando, novamente, a nossa energia. Em muitas tradições druÃdicas modernas as Celebrações de Lua Cheia ou Lua Nova são comemoradas conforme o Calendário Coligny, um calendário lunisolar que demarca a parte clara e escura do ano.
Podemos dizer que a magia seria a primeira religião empÃrica do homem e que ao ser utilizada sabiamente, as forças da natureza causariam mudanças benéficas ao seu entorno. Essas forças são personificações dos Deuses que, ao sintonizar-se a Eles, se torna a base que permeia o caminho entre luz e sombras, a nossa jornada druÃdica entre o bardo, vate e druida.
Que a inspiração nos guie, sempre... Awen!

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
(Texto atualizado em 11/10/2022)
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"Três velas que iluminam a escuridão: Verdade,
Natureza e Conhecimento." Tríade irlandesa.