Fazendo Oferendas

Publicado por Rowena em 11/1/2013 (1601 leituras)

O tipo da oferenda e o modo de oferecer dependem da deidade e da ocasião. Oferendas podem ser expostas, enterradas, queimadas, lançadas na água ou "entregues" de outros modos.

Uma oferenda de alimentos (carne, leite e derivados, bebidas alcoólicas, grãos e derivados) e/ou ervas e flores (frescas ou secas) pode ser exposta/enterrada, mas também é agradável aos Imortais que pessoas com fome sejam alimentadas em seu nome. As lendas mostram que as Túatha Dé Dannán valorizam anfitriões generosos e amaldiçoam terrivelmente aqueles que se mostram mesquinhos. Eles regulam a abundância do solo, a fertilidade do corpo e do espírito. Portanto, não convém ser mesquinho com eles. Você nunca sabe quando um Imortal disfarçado vai cruzar o seu caminho.

Os Deuses gostam de celebrações, portanto é agradável reunir e divertir pessoas em seu nome, oferecendo a energia dos participantes, sua vitalidade e felicidade por estarem reunidos, como sacrifício, ou seja, oferenda.

Objetos significativos podem ser enterrados, depositados diretamente no ventre escuro da Mãe.

Cartas, pedidos, tecidos, alimentos, bebidas alcoólicas podem ser lançados no fogo ritual. O fogo é uma das portas para o Outro Mundo e ele próprio é um Deus, Aedus, o Fogo Sacrificial de apetite inesgotável, que pode também ser o Dagda.

Objetos podem ser amarrados a árvores, lançados na água (fontes, rios, lagoas, o mar) como oferendas a deidades relacionadas a esse elemento ou para que sua energia passe diretamente ao Outro Mundo, pois massas de água são também um portal. Mas nada de sujar os rios ou deixar que as praias fiquem imundas, isso é abominação, não importa o motivo.

Todas as oferendas, antes de ser entregues, devem morrer para este mundo. Cartas e tecidos devem rasgados, objetos de metal (armas, joias e outros) devem ser quebrados e/ou entortados, de modo a tornarem-se inúteis para nós. Isso permite que se desprenda o espírito do objeto.

Mas não importa o que você dê ou como. Você não é aquilo que você possui para dar e você não pode enganar os Deuses dando o que não é seu. A única oferenda verdadeira (as outras não são falsas, mas são apenas simbólicas) é você mesmo, sua própria força de vida.

Sempre que preparamos um ritual, este não vai começar com a reunião dos participantes ou com o estabelecimento do círculo (para os que o fazem). Começa muito antes, quando ele é decidido, quando os elementos são reunidos, quando são realizadas as atividades tendentes à sua execução. Preparar o ato de oferecer já é uma parte da oferenda e deve ser feito com reverência.

O bardo Taliesin disse: "Sou a reverência, que é um receptáculo aberto". O que é isso? Não é difícil: a reverência é a disposição espiritual que permite a abertura para a Awen. E não existe uma flor sagrada: todas o são. E as abelhas também. E até mesmo o esterco que o jardineiro espalhou como adubo. E o próprio jardineiro. Todas as coisas são inerentemente puras.

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