Renascimento Druídico

Enviado em 28/05/2011 (5022 leituras)

Presume-se que em 1717 ocorreu o "Renascimento Druídico" na sociedade inglesa, focado, basicamente, em temas ocultos. O Druidismo, por sua vez, foi uma fonte bem interessante para se tentar conciliar o paganismo ao cristianismo – houve uma grande mistura de princípios religiosos, conforme os interesses da época.

Em 1781, surgiu a Ancient Order of Druids, uma ordem que apostava na mesma fórmula: druidismo, cristianismo, ocultismo, hinduísmo e até mesmo as tradições egípcias. Onde o seu fundador, Henry Hurle, inspirou-se profundamente na Maçonaria escocesa para desenvolver a AOD - Ancient Order of Druids. Surgindo assim, o movimento que conhecemos como Mesodruidismo.

Mais adiante, surge a figura exótica de Edward Willians, também conhecido como Iolo Morgannwg, que anunciou o suposto descobrimento de um manuscrito apócrifo medieval (The Barddas) e outros documentos até mais antigos, onde estariam prescritos todo o "conhecimento druídico" e seus festivais.

Como bem disse o colunista Ioldanach: "Não tardou para que, em 1819, Edward Willian com base nestas "descobertas", criasse a associação National Eisteddffod, do País de Gales, que ganhou um grande prestígio, reunindo grande número de membros da alta sociedade que, devidamente "vestidos como druidas", buscavam reviver os antigos rituais druídicos em Stonehenge.

Muitas ordens druídicas foram criadas dali em diante, com dissidência ao grupo de Edward, principalmente, em virtude dos regionalismos, o que fez difundir o Druidismo Moderno para Escócia, Irlanda, Inglaterra, entre outros países." Fatos que são discutidos até hoje.

O Druidismo parecia ressurgir magicamente das cinzas após séculos, graças à tradução dos manuscritos de Edward Williams (Iolo Morgannwg). Sabe-se que ele realmente pesquisou a fundo os mitos galeses e as lendas celtas. No entanto, quando não encontrava as informações desejadas, não hesitava em criar novas versões dos fatos, baseadas em suas próprias interpretações e forjá-las. Iolo Morgannwg foi uma figura muito relevante para o renascimento do druidismo moderno, o bardismo e suas tradições druídicas.

Independente do gênero, qualquer pessoa poderia se dedicar ao caminho druídico como simpatizante ou druidista - termo moderno para designar os que estudam o Druidismo histórico. Druidas eram homens e mulheres, talvez, um termo usado para se referir aqueles que praticavam o sacerdócio no Druidismo. Para saber mais a respeito leia: Iniciando a Jornada.

Nos dias atuais, podemos dizer que os druidas modernos praticam uma religião pagã, politeísta e totalmente animista, visando práticas de magia natural e dos ritos celtas pré-cristãos, voltados à celebração da natureza, em total sintonia à nossa ancestralidade e ao local onde vivemos. Que assim seja!

Bênçãos plenas do Céu, da Terra e do Mar!

Leia também: O Renascimento do Druidismo

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.

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Brumas do Tempo:
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Leia os artigos de Rowena Ferch Aranrot.

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