11° Dia: Ritual
Publicado por Rowena em 05/3/2012 (4742 leituras)
Como vimos anteriormente, nas práticas diárias, os nossos atos devocionais se baseiam nos mitos que, naturalmente, compõem todo o simbolismo dos ritos que praticamos.
A nossa inspiração vem, principalmente, através do aspecto mitológico e do treinamento sugerido na ordem druídica ADF, que se orienta em fontes antigas da cosmologia indo-europeia. Como já foi mencionado, o mundo céltico consiste em Três Reinos: Céu, Terra e Mar. Sendo que o centro representa o fogo, o presente dos Deuses, ou o pilar ritualístico simbolizando a Árvore do Mundo, a eterna ligação da terra e o céu, acompanhada pelas águas sagradas que correm abaixo das suas raízes.
O ritual religioso une a crença a um espaço sagrado capaz de reproduzir o mito e, assim, promover a renovação do cosmos que gira em torno de uma reconstrução mítica. Por exemplo, a representação dos poderes da água e do fogo. Além disso, também fazem parte do culto a prática oracular e o banquete.
Durante os rituais que celebramos no decorrer do ano, vivenciamos a representação dos Três Caldeirões, descrito no Caldeirão da Poesia, e vistos desta forma:
O Caldeirão da Incubação ou do Aquecimento
É a fonte da vida para todos nós. Localiza-se no abdômen, na posição normal (para cima). Responsável por manter a saúde e as necessidades básicas de sobrevivência. Quando o caldeirão tomba de lado, representa uma doença grave e quando ele vira de cabeça para baixo, representa a morte física ou quase-morte. Representa o Reino da Terra.
O Caldeirão do Movimento ou da Vocação
É a expressão das emoções através da arte poética. Localiza-se no peito, na posição inclinada (de lado). Todos temos dons que nos são dados e é nosso dever aprimorá-los. Para encher ou fazê-lo borbulhar, este caldeirão deve alcançar uma posição vertical ao desenvolvermos uma ação, que irá fluir por meio das nossas experiências e emoções. Representa o Reino do Mar.
O Caldeirão da Sabedoria ou do Conhecimento
É o que nos une à inspiração divina. Localiza-se na cabeça e nasce na posição invertida. Esse caldeirão pode elevar a capacidade humana através de um dom, talento ou vocação. Está ligado a todo o tipo de arte. Simboliza a conexão com os Deuses, fornecendo informações necessárias para se alcançar a iluminação, ao enchê-lo. Representa o Reino do Céu.
Basicamente, a estrutura dos nossos ritos evolui da seguinte maneira: fazemos uma oferenda no local onde será celebrado o rito, pedindo paz. Em seguida, no centro do bosque sagrado, honramos e agradecemos a Mãe Terra, saudamos as quatro direções, declaramos o propósito do ritual e entramos em contato com os Três Reinos. Fazemos nossas oferendas e convidamos o guardião dos portais do Outro Mundo através da visualização, para que interceda por nós. A seguir, convidamos as três famílias (Deuses, ancestrais e espíritos da natureza), centrados nos patronos do festival. Depois das devidas honrarias, pedimos que nos abençoem com uma mensagem oracular, normalmente, usamos as Runas ou o Ogham.
E, assim como começamos, encerramos o ritual, agradecendo todos os presentes, Deuses e não-deuses. No final, banqueteamos, podendo ser uma simples refeição ou algo mais elaborado.
O Bosque Sagrado
Assim como a árvore do mundo,
O eixo central da vida,
Que das profundezas às alturas
Conecta a terra aos céus.
O fluir entre os mundos... Fáilte!
Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
Website:
www.templodeavalon.com
Brumas do Tempo:
www.brumasdotempo.blogspot.com
Três Reinos Celtas:
www.tresreinosceltas.blogspot.com
Todos os direitos reservados.
A nossa inspiração vem, principalmente, através do aspecto mitológico e do treinamento sugerido na ordem druídica ADF, que se orienta em fontes antigas da cosmologia indo-europeia. Como já foi mencionado, o mundo céltico consiste em Três Reinos: Céu, Terra e Mar. Sendo que o centro representa o fogo, o presente dos Deuses, ou o pilar ritualístico simbolizando a Árvore do Mundo, a eterna ligação da terra e o céu, acompanhada pelas águas sagradas que correm abaixo das suas raízes.
O ritual religioso une a crença a um espaço sagrado capaz de reproduzir o mito e, assim, promover a renovação do cosmos que gira em torno de uma reconstrução mítica. Por exemplo, a representação dos poderes da água e do fogo. Além disso, também fazem parte do culto a prática oracular e o banquete.
Durante os rituais que celebramos no decorrer do ano, vivenciamos a representação dos Três Caldeirões, descrito no Caldeirão da Poesia, e vistos desta forma:
O Caldeirão da Incubação ou do Aquecimento
É a fonte da vida para todos nós. Localiza-se no abdômen, na posição normal (para cima). Responsável por manter a saúde e as necessidades básicas de sobrevivência. Quando o caldeirão tomba de lado, representa uma doença grave e quando ele vira de cabeça para baixo, representa a morte física ou quase-morte. Representa o Reino da Terra.
O Caldeirão do Movimento ou da Vocação
É a expressão das emoções através da arte poética. Localiza-se no peito, na posição inclinada (de lado). Todos temos dons que nos são dados e é nosso dever aprimorá-los. Para encher ou fazê-lo borbulhar, este caldeirão deve alcançar uma posição vertical ao desenvolvermos uma ação, que irá fluir por meio das nossas experiências e emoções. Representa o Reino do Mar.
O Caldeirão da Sabedoria ou do Conhecimento
É o que nos une à inspiração divina. Localiza-se na cabeça e nasce na posição invertida. Esse caldeirão pode elevar a capacidade humana através de um dom, talento ou vocação. Está ligado a todo o tipo de arte. Simboliza a conexão com os Deuses, fornecendo informações necessárias para se alcançar a iluminação, ao enchê-lo. Representa o Reino do Céu.
Basicamente, a estrutura dos nossos ritos evolui da seguinte maneira: fazemos uma oferenda no local onde será celebrado o rito, pedindo paz. Em seguida, no centro do bosque sagrado, honramos e agradecemos a Mãe Terra, saudamos as quatro direções, declaramos o propósito do ritual e entramos em contato com os Três Reinos. Fazemos nossas oferendas e convidamos o guardião dos portais do Outro Mundo através da visualização, para que interceda por nós. A seguir, convidamos as três famílias (Deuses, ancestrais e espíritos da natureza), centrados nos patronos do festival. Depois das devidas honrarias, pedimos que nos abençoem com uma mensagem oracular, normalmente, usamos as Runas ou o Ogham.
E, assim como começamos, encerramos o ritual, agradecendo todos os presentes, Deuses e não-deuses. No final, banqueteamos, podendo ser uma simples refeição ou algo mais elaborado.
O Bosque Sagrado
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